ouve-se o esforço dos braços queimados
de um amor,sempre, pelo pão e a família
trazendo à janta um olhar cansado,fadiga
dos anos assumidos nas rugas
de um amor,sempre, pelo pão e a família
trazendo à janta um olhar cansado,fadiga
dos anos assumidos nas rugas
meu irmão, o pai vai vender o peixe
à praça de sempre
onde não está ninguém
à praça de sempre
onde não está ninguém
dos livros, lemos como fazer um bom casamento
dos livros, fazemos que a índole caia em graça
e o volume da carcaça reparte-se pelos dedos
feridos das horas que passaram pela brasa
dos livros, fazemos que a índole caia em graça
e o volume da carcaça reparte-se pelos dedos
feridos das horas que passaram pela brasa
meu irmão,a mãe vai vender hortaliças
à praça de sempre
onde não está ninguém
à praça de sempre
onde não está ninguém
e se o mar é incerto e o campo é duro
toma por certo que cavalo é burro
se o passado voltar a ser futuro
toma por certo que cavalo é burro
se o passado voltar a ser futuro
meu irmão, também eu voltarei
à praça de sempre
onde não está ninguém.
à praça de sempre
onde não está ninguém.
Rogério Cão
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